É isso aí!
É a música popular brasileira, meus amigos!
Aquilo que 'temos fazendo a mais de 50 anos
Na sua maior autenticidade
Tudo o que cantamos e contamos aqui
É como se dizia no meu tempo de jovem
É batata!
Isto aqui é uma aula para a juventude
É um pouco de saudade para os de meia idade
E muita ternura para os cabeça branca como eu
Tudo o que eu vou contando e vou cantando aqui
Vocês vão vivendo as épocas
Quando jovens, mais mocinhos
Um namoro, um amor, um négócio, uma briga
1930, não se podia parar em grupos
Na Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro
Oito, dez pessoas depois da revolução?
Não podia
O guarda civil vinha com um cacetede
Vamo circular, vamo circular
E você tinha que andar
Aí o compositor de música popular
Registra o fato
Não quer que eu pare, eu vou andando
Vou andando devagar
Não quer que eu pare, eu vou andando
Não adianta teimar
Não quer que eu pare, eu vou andando
Vou andando devagar
Não quer que eu pare (eu vou andando)
Não adianta teimar
Mais adiante um pouco
No Brasil, naquela época
Além de português, se falava francês
Era chique falar francês
E o compositor brasileiro
Fez um samba em francês
Cês acreditam nisso?
Olha o Sarambá, oh tia
Olha o Sarambá
Olha o Sarambá, oh nega
Olha o Sarambá
Olha o Sarambá, oh tia
Olha o Sarambá
Olha o Sarambá, oh nega
Olha o Sarambá
No samba se dança toujours en cadence
Petit pas par ci, petit pas par...
Li faut de Paisance
Beaucoup d'élégance
Les corps...
Ahn, não, em francês, tenha paciência
Depois do cinema falado, aí mudou tudo
Mudou tudo
Goodbye, goodbye, boy
Deixa a mania do inglês
Fica feio pra você, moreno frajola
Que nunca frequentou as aula' da escola
Goodbye, goodbye...
Ah, não-não-não, não-não-não
Eu também, dá licença
Goodbye?
Goodbye com samba não é possível
Mexeram com o rapaz de Vila Isabel