Nunca te visse eu, formosa Nunca contigo falasse Antes nunca te encontrasse Na minha vida enganosa Por que não se abriu a terra? Por que os céus não me puniram? Quando meus olhos te viram Na casa branca da serra ♪ Olhaste-me um só momento E desde esse triste instante Tu me ficaste constante Na vista e no pensamento E mesmo se te não via Eu passava horas inteiras Vendo-te a sombra erradia Entre as esbeltas palmeiras ♪ Falei-te uma vez e calma Tu me escutaste, mas logo Abrasou-se tua alma ao fogo Que lavrava na minh'alma Transfigurada e feliz Sou tua, tu me disseste Depois de mim te esqueceste Quando deixei meu país ♪ Embora tudo, bendigo Essa ditosa lembrança Que sem me dar esperança Une-me ainda contigo Bendigo a casa da serra Bendigo as horas fagueiras Bendigo aquelas palmeiras Querida, da tua terra