Tudo que eu tenho cabe aqui nesse mocó Não tenho nada de valor pra me gabar Mas se amarro tudo e dou um nó Não tem santo que consiga desatar Eu gosto é de comer é na gamela Misturar farinha no feijão com arroz Mas fico dividido na querela Também gosto de comer baião de dois Baião de dois baião de dois baião de dois baião de dois Você gosta de maxixe eu de jiló Eu gosto de silêncio e você de sambar Você vai de pandeiro e eu de carimbó Mas o batuque lá de casa não pode parar Pode ficar de birra que eu não tô nem aí Eu nunca sei onde meu barco vai chegar Você quer sempre tudo bem arrumadinho E eu deixando a correnteza me levar Me levar me leva me levar me leva