Quando for grande, vou ser prof. de windsurf
E quando danço, rodo e faço brick-dance
Que como a Jane Fonda, é de Vayorken
E Vayorken, a gente diverte-se imenso
Quando for grande, vou ser prof. de windsurf
E quando danço, rodo e faço brick-dance
Que como a Jane Fonda, é de Vayorken
E Vayorken, a gente diverte-se imenso
(Ó Ana, onde é que 'tá a Rita e a Joana?)
(Sei lá! Não sei)
Quando for grande, vou ser prof. de windsurf
E quando danço, rodo e faço brick-dance
Que como a Jane Fonda, é de Vayorken
E Vayorken, a gente diverte-se imenso
Era para ser Artur e nasci Ana
Ana quê? (Ana só) Ana Só? (Sim, só Ana!)
Era percentil 90 nos anos 80
E entre colheradas chorava sempre faminta
Sempre vestida como um mini comunista
Com roupas que a mãe fazia com modelos da revista
Eu queria ser pirosa, vestir-me de cor-de-rosa
Vestir Jane Fonda na ginástica da moda
Com Sabrina prateada, licra collant
Crina de pequeno pónei bem escovada, espampanante
Tinha a mania de pôr as cores a condizer
No meu entender, rosa com vermelho não podia ser
Uma noctívaga que não dormia a sesta
E de manhã, sempre quis menos conversa
Uma covinha só de um lado da bochecha
Adormecia com o pai e a mesma canção do Zeca
Era sempre mais Mafalda do que Susaninha
Ai de quem dissesse mal do Sérgio Godinho
Ainda tenho alguns postais para a gentil menina
Enviados pelos pais de um qualquer destino
E se alguém me perguntar pelo pai, pela mãe
Eu sei, sei, foram para Vayorken, Vayorken
Foram para Vayorken, Vayorken, Vayorken
Quando for grande, vou ser prof. de windsurf
E quando danço, rodo e faço brick-dance
Que como a Jane Fonda, é de Vayorken
E Vayorken, a gente diverte-se imenso
Quando for grande, vou ser prof. de windsurf
E quando danço, rodo e faço brick-dance
Que como a Jane Fonda, é de Vayorken
E Vayorken, a gente diverte-se imenso
Com dois anos, o primeiro palavrão
Cheia de medo, em cima do escorregão
Mau feitio bravo, vício de gelado
Todo sábado sagrado, mesmo durante o inverno
Acabava com a arca do café ao pé do prédio
Ainda comi os gelados que eram do meu primo Pedro
Ana da bronca, sempre do contra
E coragem de fechar duas miúdas na arrecadação
Às escuras, pobres criaturas
Por me serem impingidas como amigas à pressão
(Ó Ana, onde é que está a Rita e a Joana?)
(Sei lá! Não sei)
No infantário dei o meu primeiro beijo
Ainda me lembro como se fosse hoje
Contei à minha avó que tanto se riu
Que até debaixo da mesa com vergonha me escondeu
O tal espigueiro e o gato amarelo
No meu poema, no novo caderno
Muito elogio pela redacção
E muita paciência para o poder de argumentação
Quando for grande, vou ser prof. de windsurf
E quando danço, rodo e faço brick-dance
Que como a Jane Fonda, é de Vayorken
E Vayorken, a gente diverte-se imenso
Quando for grande, vou ser prof. de windsurf
E quando danço, rodo e faço brick-dance
Que como a Jane Fonda, é de Vayorken
E Vayorken, a gente diverte-se imenso
O brick-dance vem de Vayorken
O graffiti vem de Vayorken
O hip-hop vem de Vayorken
Vayorken, Vayorken, Vayorken
O brick-dance vem de Vayorken
A Jane Fonda vem de Vayorken
O windsurf não
O windsurf não vem de Vayorken
Quando for grande, vou ser prof. de windsurf
E quando danço, rodo e faço brick-dance
Que como a Jane Fonda, é de Vayorken
E Vayorken, a gente diverte-se imenso!
Quando for grande, vou ser prof. de windsurf
E quando danço, rodo e faço brick-dance
Que como a Jane Fonda, é de Vayorken
E Vayorken, a gente diverte-se imenso
Quando for grande, vou ser prof. de windsurf
E quando danço, rodo e faço brick-dance
Que como a Jane Fonda, é de Vayorken
E Vayorken, a gente diverte-se imenso
Quando for grande, vou ser prof. de windsurf
E quando danço, rodo e faço brick-dance
Que como a Jane Fonda, é de Vayorken
E Vayorken, a gente diverte-se imenso
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