Foi como um sinal de agradecimento De uma promessa que Inácio fez Se tivesse um filho que fosse homem Ia ter o nome do Rei dos reis. Lá na Galileia o sol morria Lá no Ceará Jesus nascia Pra sentar tijolos lá no sertão É preciso muita sabedoria. Mas o velho Inácio ensinou ao filho Essa profissão que aprendeu um dia Sua mãe chorava, seu pai rezava Naquele dia em que ele partiu Foram tantos rumos, tantos abrigos Tantos amigos que ele construiu É tanto cimento é tanto argumento Tantas histórias que eu já nem sei Entre doze andaimes de ferro e aço Um andaime falso traiu o rei Lá na Galileia o sol nascia Lá na construção Jesus morria. É tanto tormento, tanto apartamento É tanta história de tanta cruz É tanta favela, tanto palácio É tanto Inácio e tanto Jesus. É o crediário, tanto calvário Tantos espinhos fazendo dor Água divisória na nossa história É noite e dia, ódio e amor. Um outro Jesus, o caminho, a luz Morreu noutro andaime no seu país Mas viveu de novo para que seu povo Viva com Ele e seja feliz. Lá na construção Jesus morria Lá na Galiléia Jesus vivia.