Começas num copo Talvez de cerveja Sentado à mesa Entrando na conversa Mulheres que chegam Por entre gargalhadas Um brilho nos olhos E um vazio na alma De histórias acesas Os bares estão cheios Segurando as presas Quartos alugados Ilhas de pouca luz Dão-me noites sentinelas E vómitos de verde cruz De porta em porta Fantasmas à solta À solta com rédeas Há um ser empoleirado Nas pernas de um juíz Tentando escapar Às misérias de um país Amores num carro Num parque deserto Tapando a boca Dois gritos em seco De porta em porta Fantasmas à solta À solta com rédeas O sorriso é cínico Nas rugas duas setas Entre o whiskey e o degelo Rio azul em folha branca E o mundo refaz-se E o álcool já sobe Trocam-se beijos Nessa mesa de homens De porta em porta Fantasmas à solta À solta com rédeas (x2) Lisboa (x4)