Cantarei
Vivi povo e multidão
Sofri ventos, sofri mares
Passei sede e solidão
Muitos lugares
Sofri países sem jeito
P'r'ó meu jeito de cantar
Mordi penas no meu peito
E ouvi braços a gritar
E depois vivi o tempo
Em que o tempo não chegava
Para se dizer o tanto
Que há tanto tempo se calava
Vivi explosões de alegria
Fiz-me andarilho a cantar
Cantei noite, cantei dia
Canções do meu inventar
E cantarei, cantarei
À chuva, ao sol, ao vento, ao mar
Seara em movimento
Ondulante, sem parar
Todos
Cantarei, cantarei
À chuva, ao sol, ao vento, ao mar
Seara em movimento
Ondulante, sem parar
Hoje resta-me este braço
De guitarra portuguesa
Que nunca perde o seu espaço
E a sua beleza
Hoje restam-me os abraços
Nesta pátria viajada
Dos que moram mesmo lá longe
A tantos dias de jornada
E dos que fazem Portugal
No trabalho dia a dia
E me dão alma e razão
Nesta porfia
E é por isso que eu invento caminhos
Mais cantigas viajantes
E sinto música nos dedos
Com a mesma força de antes
Cantarei, cantarei
À chuva, ao sol, ao vento, ao mar
Seara em movimento
Ondulante, sem parar
Cantarei, cantarei
À chuva, ao sol, ao vento, ao mar
Seara em movimento
Ondulante, sem parar
Cantarei, cantarei
À chuva, ao sol, ao vento, ao mar
Seara em movimento
Ondulante, sem parar
♪
Nos momentos em que
Nos apaixonamos
Somos muitos autênticos, somos muitos veradeiros
Somos muito palermas
Mas, normalmente... mas normalmente fazemos...
Poeticamente, fazemos coisas bonitas
Éééh
E, este foi um momento de vida na Praia da Areia Branca
Que ficou pra sempre na minha vida
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