Quando olhei a terra ardendo Qual fogueira de São João Eu perguntei a Deus do céu, ai! Por que tamanha judiação Que braseiro, que fornalha! Nem um pé de plantação Por falta d'água perdi meu gado Morreu de sede meu alazão Até mesmo a asa branca Bateu asas do sertão Então eu disse: "adeus Rosinha! Guarda contigo meu coração". E tão longe, tantos anos, Nesta triste solidão, Espero a chuva cair de novo Pra eu voltar pro meu sertão. Quando o verde dos teus olhos Se espalhar na plantação, Eu te asseguro: Não chore não, viu? Que eu voltarei, viu, meu coração?