Memória de tanta espera Teu corpo crescendo, salta do chão E eu já vejo meu corpo descer Um dia te encontro no meio Da sala ou da rua Não sei o que vou contar Respostas virão do tempo Um rosto claro e sereno me diz E eu caminho com pedras na mão Na franja dos dias esqueço o que é velho O que é manco, e é como te encontrar Corro a te encontrar Um espelho feria meu olho e na beira da tarde Uma moça me vê Queria falar de uma terra com praias no norte E vinhos no sul A praia era suja e o vinho vermelho Vermelho, secou Acabo a festa, guardo a voz e o violão Ou saio por aí Raspando as cores para o mofo aparecer Responde por mim o corpo De rugas que um dia a dor indicou E eu caminho com pedras na mo Na franja dos dias esqueço o que é velho O que é manco, e é como te encontrar Corro a te encontrar