Nada nasce por acaso Mauro Morais, essa pessoa maravilhosa Um dos melhores compositores, um dos grandes compositores Porque nós temos essa relação, de amigos, nos visitamos E grande parte, o Mauro vem me visitar E conhecendo um pouco da minha vida Criou uma história em cima do meu cavalo baio Da minha vida, do que eu sou Da minha namorada É muito bom Milonga abaixo de mau tempo Coisa esquisita a gadaria toda Penando a dor do mango com o focinho n'água O campo alagado nos obriga à reza No ofício de quem leva pra enlutar as mágoas Olhar triste do gado atravessando o rio A baba dos cansados afogando a volta A manha de quem berra no capão do mato E o brabo de quem cerca repontando a tropa Agarra amigo o laço enquanto o boi tá vivo A enchente anda danada molestando o pasto Ao passo que descampa a pampa dos mil réis E a bóia que se come retrucando o tempo Aparta no rodeio a solidão local Pealando mal e mal o que a razão quiser Amada, me deu saudade Me fala que a égua tá prenha, que o porco tá gordo Que o baio anda solto, que toda cuscada lá em casa comeu Amada, me deu saudade Me fala que a égua tá prenha, que o porco tá gordo Que o baio anda solto e que toda cuscada lá em casa comeu Coisa mais sem sorte esta peste medonha Curando os mais bichados deu febre no gado Não fosse a chuvarada se metendo a besta Eu traria mil cabeças com a bênção do pago Dei falta da santinha limpando os pesuelos E nos terço de tento, nas prece sinuelas Logo em seguidinha é semana santa Vou cego pra barranca e só depois vou vê-la Agarra amigo o laço enquanto o boi tá vivo A enchente anda danada molestando o pasto Ao passo que descampa a pampa dos mil réis E a bóia que se come retrucando o tempo Aparta no rodeio a solidão local Pealando mal e mal o que a razão quiser Amada, me deu saudade Me fala que a égua tá prenha, que o porco tá gordo Que o baio anda solto, que toda cuscada lá em casa comeu Amada, me deu saudade Me fala que a égua tá prenha, que o porco tá gordo Que o baio anda solto e que toda cuscada lá em casa comeu Amada