Ó Bernardino, volta à terra dos teus pais Aonde dizes que se vem para morrer A noite é negra, mas há noites bestiais A gente canta, a gente dança, a gente bebe pra esquecer Ó querido, não esqueças a serra nem o mar Tens na bagagem uma côdea a endurecer A vida é dura, mas faz-me o gosto em voltar Essa viagem demora a compreender Ó companheiro de aventura, vem viajar Dessa cidade vê-se um caminho interior Se cá na terra há pouca terra pra moirar A tua enxada moirará o teu amor Ó meu amor, do outro lado, sabes quem Guardou o teu lenço bordado numa mão? Na outra, dinheiro contado para alguém Que te salve desse quarto com vista para o saguão