Essa obra de arte de Deus Disse o pescador ao canal de notícias Sobre o cardume prateado de sardinhas Na praia da Barra, no Rio de Janeiro Crianças encalhadas na costa de Lesbos Pacotes de cruzeiros pelas ilhas gregas O plástico do mundo no peixe da ceia O que será que cantam as tuas baleias ♪ Caixas pretas no fundo do Mar Negro Atlântico salgado de lágrimas negras Já não há Alepo, já não há Palmira E perfuram-te as entranhas atrás de óleo negro ♪ Seguem teus cargueiros Teus camaroeiros Teus catamarãs ♪ Essa obra de arte de Deus Disse o pescador ao canal de notícias Sobre o cardume prateado de sardinhas Na praia da Barra, no Rio de Janeiro Crianças encalhadas na costa de Lesbos Pacotes de cruzeiros pelas ilhas gregas O plástico do mundo no peixe da ceia O que será que cantam as tuas sereias Odoiá Ogunté ♪ Caixas pretas no fundo do Mar Negro Atlântico salgado de lágrimas negras Já não há Alepo, já não há Palmira E perfuram-te as entranhas atrás de óleo negro