De manhã, tudo é explosão A cidade, ela nunca foi gentil O som de um grito é tão sutil Na solidão do estrondo Ruas se estendem na surdez Rasgos de um progresso já senil O som do tempo tão febril e o pulso que insiste em mim Hão de ser um compasso que Numa apatia afônica, eu recordo as senhas eletrônicas Os números que me envelhecem A cicatriz dos sisos No silêncio entre as ligações Na distância entre as sinalizações Ruído branco da TV No tédio de mais um café Na quebra quando falha a voz Sozinha quando acaba a luz Num hiato Na imensidão de um segundo a mais Posso ouvir um sussurro que