Eles correm sem distância O olho alheio à sombra Alheia ao pé, alheio ao chão Alheia ao pé, alheio ao... Não identificam Delimitam, delimitam Eu vi o dono do rio Num curso sem direção Eu vi o dono da colina Ele mora embaixo do chão E o suor na mão, e o suor na mão Desconexo de uma pergunta E não pergunta, não pergunta Não pergunta E tudo vai estremecer e ser igual ♪ Quando a noite embaçar Eu me deito e passo a desfiar Todas as linhas e bordas O dentro correndo afora A cidade se entorna Eu vou levitar Mas todos os sonhos sem carne Desabam Entre a vontade e a mão Entre o peito e o impulso A gravidade do chão A lonjura Entre a tela E a vista Minimiza, minimiza, minimiza Isso o tempo descarrega Isso o tempo desafoga Isso o tempo alivia Isso o tempo esvazia Eu vi o dono do sol Ele só sabe dormir Eu vi o dono do tempo Ansiando tudo agora ♪ E tudo cansado sem esforço E tudo ecoa sem espaço Sem distância Meu grito não alcança Meu grito não alcança