Toda leveza tem um pouco de cruz Traz umas dúvidas do desconhecido E transborda o caos da rotina Livros não lidos não ensinam nada Mesmo eu, cheia de ideias De que sirvo sem o grito? Vida Faca Coice Choque Fim É como se eu flutuasse Com alfinetes nas pontas dos pés, sim Ferindo tudo ao meu redor, é Logo eu... Logo eu que sinto muito Eu sinto muito E sim, vou me enfeitar Com cada lembrança boa minha Mas eu preciso me atirar Contra o que penso de mim Da imagem que eu criei de mim Logo eu... Logo eu... E eu sei que assusta Mas a ferida que coça um dia tem que sarar E nem que seja com o vidro, farpa o coração E se a garganta arranha Grita... grita... Cospe tudo de vez Deixa sair, deixa sair, deixa sair O gosto ruim na boca é pouco E não sinto mais pena nem raiva de mim Poder sorrir de novo é como aprender a caminhar Sentir que eu posso me entregar de novo E é mais fácil começar do zero que consertar o que quebrou Se tornar caça e caçador de si Pra não segurar demais Se esquecer não é o que te faz inteiro