Há um comércio de espelhos bem aqui Os reflexos mostram o que fica preso nos parênteses de cada um O mundo é grande Por isso ande Pelas ruas, pelos raios ultravioletas Peguem esses raios e utilizem como flechas ponha se no seu arco E atire para furar o vértice da paisagem ultraviolenta Fechem os Windows e as portas Lentamente desmitificando a beleza dos detalhes Perceberás que o bom ouvinte é o humano seguinte a ser Devorado pelo dono do bar E todos os salgados solitários que como Tantas outras pessoas também Passam frio Outras só passam dirigindo Imaculadas, feito adegas Com olhos de cão pidão Sem saber o que é, que é Abram as cortinas principais da retina e vejam Como a desigualdade desfila breaca, por entre nós Com suas pernas bonitas Xavecando os policiais Sussurrando gemidos separatistas Nos seus ouvidos que comovidos Pela a sensação de vitória dão voz de prisão nas histórias Que não cabem em seus bolsos E agora os bêbados vão entrando em cena Indignados com a situação Eles incendeiam a cidade Sem saber que ela ainda está prenha Venham empresários, empreendedores, empenhados Empenhados em vender lenha É o meu momento de faturar Meu amor vamos viver Sem medo de perder o celular Meu amor vamos viver Vamos viver E agora os bêbados vão entrando em cena Indignados com a situação Eles incendeiam a cidade Sem saber que ela ainda está prenha Venham empresários, empreendedores, empenhados Empenhados em vender lenha É o meu momento de faturar Meu amor vamos viver Sem medo de perder o celular