A superfície ontológica Esconde um fundo obscuro Naves navegam sobre o cais A máquina da mídia cospe Na sua cara um novo herói Que a gente sempre endeusa demais Perceba na sua antena quantas cópias do problema Com a violência pregam a paz E o mestre do ventríloquo Transparente feito acrílico Nos faz acreditar de novo Seremos almas inocentes Presas entre os dentes do lobo Por enquanto somos um sonâmbulo E a humanidade corre em círculos Como um antílope e um leão Fugindo em direção ao abismo Atualize seu sobrenome É muito bonito, mas não mata a fome Frágil, há um perigo invisível A passos largos sempre com pressa Tropeçamos nas próprias pernas A evolução se tornou perecível ♪ Eu virei uma engrenagem Que mantém a rotação E faça que a festa não desabe Um desastre ecológico é a última opção Pro ser humano perceber quão metódico Virou a obsessão de expandir a sua jaula Ao invés de fugir do zoológico Não troque a sua cela por outra cela mais bonita Quebre as grades e corra contra o ódio