Somos o silêncio do seu bem estar Da sua alegria Plastificada Quando a felicidade ameaçar fugir Prenda a respiração e não a deixe sair Não saia Não perca a próxima atração Agrupe nossas características E nos separe por vagas de emprego Agora, o dia é meu E eu dou ele pra quem eu bem quiser Agora, o dia é meu E eu dou ele pra quem eu bem quiser ♪ Meu dedo médio não tem modos Eu sou amigo de todos os meus dedos Não nos confunda, não somos a fartura barulhenta Das suas construções verticais Somos pouquinhos mas somos doloridos Somos pouquinhos porque o que é muito, sobra E vira resto Sempre sobra, e vai pro lixo E vira arma, vira mosquito Viral, viral Virão verões e primaveras Cabeças cheias com o vazio de suas panelas Documentos históricos e sambistas com microcefalia Não nos salvaram nesse dia Se cumprirá a profecia com cemitério de carros alegóricos Virão verões em primaveras Cabeças cheias com o vazio de suas panelas ♪ Agora, o dia é meu E eu dou ele pra quem eu bem quiser Agora, o dia é meu E eu dou ele pra quem eu bem quiser