Depois que a tempestade se foi Foi que eu pude enxergar Que o meu canto é vagabundo Nunca vi ninguém dançar Desconheço o samba Mas meus pés inquietos choram E o meu choro, penumbra Meio incerto, azul aurora De fato existe um lugar onde eu possa sossegar? Sempre perguntam, onde diabos vou chegar Meu caro amigo, minha boemia sempre me deixa a par Se perguntarem, saí sem hora pra voltar E depois da lama, meu incerto azul vem me visitar Até parece um castigo de orixá Depois do calo não existe a dor Mas quem quer se arriscar? Cemitério é praça linda que ninguém quer passear Depois que a tempestade se foi Foi que eu pude enxergar Que o meu canto é vagabundo Nunca vi ninguém dançar Desconheço o samba Mas meus pés inquietos choram E o meu choro, penumbra Meio incerto, azul aurora Eu tentei de tudo Mas meu samba não sambou no pé de ninguém Quebrei a cara, mas quebrei e fui além Eu chorei tão alto Que a cidade inteira ouviu e compreendeu Agora todo mundo dança esse meu choro plebeu Depois que a tempestade se foi Foi que eu pude enxergar Que o meu canto é vagabundo Nunca vi ninguém dançar Desconheço o samba Mas meus pés inquietos choram E o meu choro, penumbra Meio incerto, azul aurora Depois que a tempestade se foi Foi que eu pude enxergar Que o meu canto é vagabundo Nunca vi ninguém dançar Desconheço o samba Mas meus pés inquietos choram E o meu choro, penumbra Meio incerto, azul aurora E o meu choro, penumbra Meio incerto, azul aurora E o meu choro, penumbra Meio incerto, azul aurora E o meu choro, penumbra Meio incerto, azul aurora E o meu choro, penumbra Meio incerto, azul aurora E o meu choro, penumbra Meio incerto, azul aurora Desconheço o samba Mas meus pés inquietos choram E o meu choro, penumbra Meio incerto, inseto...