O cravo brigou com a rosa Debaixo de uma sacada O cravo saiu ferido E a rosa, despedaçada O cravo ficou doente E a rosa foi visitar O cravo teve um desmaio E a rosa pôs-se a chorar Mas logo ele acordou Ela nem pode acreditar E então num longo abraço Prometeram não mais brigar Mas nem passou uma semana Tiveram outra discussão O cravo disse "me esquece" E a rosa "não tem perdão" Eis que uma menininha Debruçou-se naquela sacada E ao ver tão triste cena Lhes disse, indignada Não briguem, ó belas flores Que me parte o coração Não posso vê-las sofrer Cada vez que canto essa canção Nunca se viu flores brigarem Quem foi que fez esse refrão Por que não fazem logo as pazes E põe um fim nessa questão? O cravo olhou para a rosa E a rosa também olhou Mas era um olhar distante E isso não lhe agradou E então O cravo brigou com a rosa Debaixo de uma sacada O cravo saiu ferido E a rosa, despedaçada