Salve o povo Xucuru, aêh o (aêh) Na cumeeira da serra Ororubá o velho profeta já dizia Uma nova era se abre com duas vibras trançadas Seca e sangue Seca e sangue Herdeiros do novo milênio Ninguém tem mais dúvidas O sertão vai virar mar E o mar sim Depois de encharcar as mais estreitas veredas Virará sertão Antôe tinha razão rebanho da fé A terra de todos a terra é de ninguém Pisarão na terra dele todos os seus E os documentos dos homens incrédulos Não resistirão a sua ira Filhos do caldeirão Herdeiros do fim do mundo Queimai vossa história tão mal contada Ah, Joana imaginária Permita que o conselheiro Encoste sua cabeleira No teu colo de oratórios Tua saia de rosário Teu beijo de cera quente E assim na derradeira Lua branca Quando todos os rios virarem leite E as barrancas cuscuz de milho E as estrelas tocadeiras de viola Caírem uma por uma Os soldados do rei Dom Sebastião Mostrarão o caminho Ôh...