E lá se vai mais uma vez O nosso amor na solidão Sentado nessa praça O tempo se afoga em recordações. Ao fundo nossas mãos se lançam em entre outras mãos atadas sob o pôr do sol E continuo a te ver nas máscaras que surgem como assombração. E lá se vai mais uma vez a velha dor na mesma estação. O sol que parte leva aquele outro dia que ríamos a toa. Desliza agora sob o trilho esse vagão vazio de nossas ilusões. Tantas palavras esculpidas no hall de saída e ainda, tanto a dizer. Finjo te esquecer Como não esqueço de caminhar. Vejo o entardecer Desse brilho que me cega. Pode ser você Nas miragens da janela. Folhas vão caindo Nesse outono antigo. E lá se vai mais uma vez a mesma dor na mesma estação. O sol que parte leva aquele outro dia que ríamos a toa. Desliza agora sob o trilho esse vagão vazio de nossas ilusões. Tantas palavras esculpidas no hall de saída e ainda, tanto a dizer. Finjo te esquecer Como não esqueço de caminhar. Vejo o entardecer Desse brilho que me cega. Pode ser você Nas miragens da janela. Folhas vão caindo Nesse outono antigo. Mas nada faz voltar o que não foi Nem se foi a flor do espelho. Meus olhos não me viam como sou E hoje nem a mim mais reconheço Me prendo a imagens que não são acontecimentos. Mas guardo de você essa canção Que nem vou lhe mostrar.