Sou uma pedra rolando Na beira da estrada Sou a palavra maldita Em plena madrugada Sou uma escada rolante Que te leva a um precipício Sou aquilo que resta Quando tudo está perdido Vivo no presente Sem futuro, nem passado Sou a alegria que sente Quem tá desesperado É polegar pra baixo É polegar pra cima Quem é você Na arena dessa vida? Você não entendeu O mundo é um Coliseu Você não entendeu O mundo é um Coliseu Escritores de ficção científica Bizarra, hardcore Bizarra, hardcore Andam causando escândalo Influenciando antropólogos Pensadores, jornalistas, âncoras de TV Políticos, até mesmo adolescentes Boçais, fúteis, pirados E donas de casa de todos os interiores Com a sua visão excêntrica Do que acontece na atualidade Eles dizem que: A civilização já chegou no ponto final Que o tempo voltou E estamos revivendo a Roma Imperial Essa visão é baseada numa outra visão Gnóstica, saturada, pirada Obtida pelo maior escritor de ficção científica de todos os tempos O americano Philip K. Dick, nos idos de 1974 Ele disse que tudo que vivemos nos últimos séculos Nos últimos milênios, desde as invasões bárbaras É tudo miragem Que nós somos romanos em coma lisérgico Precisamos acordar dessa coma lisérgica Estamos acordando dessa coma lisérgica É o que dizem Os escritores de ficção científica, bizarra, hardcore Influenciando lobos solitários Influenciando seitas Influenciando partidos políticos Influenciando todo mundo É só olhar em volta E ver que o Coliseu assumiu finalmente A sua posição de ícone mor Junto com a cruz cristã, com a suástica Com a imagem da serpente Ouroboros Engolindo a si mesma o tempo todo E com as estátuas dos deuses galhofenos Exu e Hermes Olha em volta o que é O que é uma cidade grande Senão um Coliseu onde rola uma festa De luta pela sobrevivência? O que é a web, o que é a internet Senão um Coliseu digital? O que é o mercado, senão um Coliseu Onde rolam especulações financeiras Transformando nações e pessoas Em reféns de um cassino voraz? E o que é a mente das pessoas Senão, um Coliseu Onde rola a eterna batalha Entre os instintos gregários E os instintos desagregadores Coliseu, ícone mor, olhe em volta Perceba, sinta Roma voltou, voltou Roma voltou (voltou) Você não entendeu (você não entendeu) O mundo é um Coliseu (é um Coliseu) Você não entendeu (você não entendeu) O mundo é um Coliseu (é um Coliseu) Você não entendeu (você não entendeu) O mundo é um Coliseu (é um Coliseu) Você não entendeu (você não entendeu) O mundo é um Coliseu (é um Coliseu) Você não entendeu O mundo é um Coliseu Você não entendeu O mundo é um Coliseu