São disfarces de todo lugar, mesmo salão E todos vieram dançar Mas, perceba, em seus lábios não há Qualquer diversão, há algo de errado no ar E a noite avança e no meio da valsa Um ruído irrompe a canção É a sonata dos corpos que caem no chão Quem vai ser capaz de apagar Da memória o assombrar do baile das máscaras? Quem vai ser capaz de consertar Tudo que se viu quebrar no baile das máscaras? ♪ Há quem veja a agonia gritar e estenda sua mão E há quem desvie o olhar E há feições que parecem gostar do caos no salão E há quem se arrisque orquestrar A insana cadência, precoce valência Que parte sem se despedir E entre o capo e o fine ainda há muito por vir E quem vai ser capaz de apagar Da memória o assombrar do baile das máscaras? Quem vai ser capaz de consertar Tudo que se viu quebrar no baile das máscaras? Quando a mente te afronta, será que é capaz de dizer Nesse baile das máscaras, quem é você? Quem vai ser capaz de apagar Da memória o assombrar do baile das máscaras? E quem vai ser capaz de consertar Tudo que se viu quebrar no baile das máscaras? ♪ No baile das máscaras ♪ Quem vai? Quem vai devolver o ar Aos que vimos sufocar no baile das máscaras?