Era bem cedo pela manhã Quando um homem, em seu cavalo, montou Numa estrada esburacada que atravessa o nada Ao seu lado, um vazio, em seu peito, solidão Passaram dias, noites se foram E o homem do seu cavalo arriou Num pedacinho de chão, onde a Lua faz clarão E aquela velha sensação foi preenchendo o coração Em seu rosto, um semblante De quem busca o amante que se foi E não voltou Não voltou jamais E nos cartazes, uma mensagem Com seu rosto estampado e um valor Forasteiro procurado, seja recompensado Traga vivo e leve o troco, traga morto e leve o dobro Com uma arma e muita dor Ele avança sem piedade e com fervor Em sua mira, um xerife e também um delegado Cujas armas dispararam e mataram seu amor Uma dupla malfeitora que se amava E tomava todo o ouro, toda riqueza Bandoleiro e atacante Dois comparsas apaixonados Criminosos boçais ♪ O sangue escorre por suas mãos Bandoleiro não concluiu sua missão O xerife, todo ágil, disparou muito rápido E o plano de vingança era falho e não vingou