Morto no chão a pouco sem vida Um corpo franzino inteiro marcado E de esmalte e batom. Olhos abertos farpelas no corpo, Arrebique fogoso, hematomas gerais Num evidente homicídio. Sirenes chegaram, isolaram a área, Informaram os peritos, grafaram premissas, Arquivaram os autos. Homens de branco olharam o soma, Boneco defunto, sem dono ou história E inflexível no chão. Macas cobertas levaram a massa Sem carta ou futuro agora doada à sociedade escolar. Alunos cortaram e picaram em partes, Debutaram saberes, glosaram lembretes, Erodiram ciência. Chegou no céu, sem conhecer nada, Nos ombros a sorte o passado e o presente, Sem sina ou emprego, gemido ou choro. Bem livre... Contendo em si, as suas ideias, as forças e fatos, Fraquezas e medos, as crenças e apostas, leveza na alma. Amigos ... E que céu? E que cor? E que sorte?! E que som(a)! Onde estou? O que sei? O que! Morte? O que sou... E que céu! E que céu? E que sorte?! E que céu! Onde estou? Onde estou? O que! Morte? O que sou?