Se eu não quisesse ir, eu sei que ainda assim A vida ia me levar pra ti Todo cais, tanta paz, assim sem mais Deixando para trás todos os ais da lida Sabendo que há sempre muito mais da vida Se eu não quisesse ir, eu sei que ainda assim A vida ia me levar pra ti Todo cais, tanta paz, assim sem mais Deixando para trás todos os ais da lida Sabendo que há sempre muito mais da vida Ribeiro de águas vermelhas, atiro-me Em acerejados cabelos, tal qual cachoeira jorrando em mim Tal cor me alivia o cinza dos olhos Colore o cimento do meu muro interno Esquenta o tom que outrora foi gelo Arroio manso de mistérios serenos A dama do jogo, corpo, tabuleiro A fêmea palavra, mulher enigma Farol verde num manto escarlate Confunde o homem, faz adolescer Derrete o macho, revela o menino ♪ Se eu não quisesse ir, eu sei que ainda assim A vida ia me levar pra ti Todo cais, tanta paz, assim sem mais Deixando para trás todos os ais da lida Sabendo que há sempre muito mais da vida Deixando para trás todos os ais da lida Sabendo que há sempre muito mais da vida Deixando para trás todos os ais da lida Sabendo que há sempre muito mais da vida ♪ Quando a poesia chama, não tem dia nem hora É como a amante que arde na cama Te acorda no meio da noite e diz: Agora, eu quero agora