Eu não sou flor que se deixe pra trás Quem és tu, outono Que ousa não regar as minhas folhas? Perdoa-me, ó verão de maio Por não apreciar o equinócio ♪ É que eu não estimo Aquele que se aproveita de meu findar, meu findar Onde está, onde está o perfume de sua seiva? Tu apenas tinges o chão Enquanto outros escorregam em ti ♪ Não me culpe pelo seu fim Eu sou o que de ti restou Seu findar Árvore que enverga, o vento não quebra Se fraco fôssemos nós Flor tu não serias Nem eu existiria (É o inverno que me mata, ao me separar) (É o inverno que me mata, ao me separar de ti) É o inverno que me mata Ao separar de ti ♪ Deixo-te a minha folha seca Para que compreendas Que somente juntos Voltamos fortes