Acho que eu devo sofrer algo estranho Eu enxergo e não consigo ver Eu quero enxergar! Alguém transforme este lugar Mas não há nada no país Não há vontade de mudar Não há zelo, só há medo no ar Se o povo não conhece a própria história Está condenado a repeti-la Não quero acreditar! Até quando estarão nossas mãos tão fechadas? Até quando estarão nossos braços cruzados? Há um lapso ao vento e há uma fenda aberta Acho que eu devo sofrer algo estranho Uma espécie de tragicomia Mal me quer! A cômica e trágica flor vazia A nossa ordem é um exílio E o progresso é apenas um suspeito autor desconhecido Tentando abafar um caso antigo Vendendo uma ideia de alívio Por que não estender nossas mãos tão fechadas? Por que não descruzar nossos braços cruzados? Há um lapso ao vento e há uma fenda aberta É onde eu quero estar Poderia me apegar ao ego e abandonar este lugar Mas resolvi ficar um pouco mais Quem sabe eu não provoque um incêndio por aí? Eu quero perguntar Por que não estender nossas mãos tão fechadas? Por que não descruzar nossos braços cruzados? Há um lapso ao vento e há uma fenda aberta É onde eu quero estar