Quem vai silenciar no apócrifo temor de ser? Face à um labirinto ou um salto no abismo Paraliza o átrio de quem vê, e esse olhar, seja de quem for Não mira o que sou, na algúria ou disúria, hei de me levantar Quanto menos se existe, mais se desarvora Quando tudo se exime, nada se alvora Porque uma vida sem fé, é apenas uma alvorada nua Desprovida da certeza, de crer além de si Mas quem se interessa? Quem vai silenciar no apócrifo temor de ser? Face à um labirinto ou um salto no abismo Paraliza o átrio de quem vê, e esse olhar, seja de quem for Não mira o que sou, na algúria ou disúria, hei de me levantar
Ao senso de encarar um céu, de estrelas maiores que eu Vê-las desabar do firmamento Faz supor que a gravidade é uma punição Que nos foi firmada na ironia Pra mostrar quão mais próximo do pó se está E dele reviverem, bradando esquecer-se, não odiar-se, entregar-se, não Numa ode final de astros sem olimpo Afinal... Afinal... De que serve um jardim se você não o tem? E se o tem, não o divide com ninguém? Desprenda Flutua Quando fenecermos, riremos de Newton por sobre o ar ♪ Porque, cá entre nós bater no chão não é nada ♪ Porque, cá entre nós, bater no chão não é nada