Certo irmão todos juntos pela função Se tem guerra tem dinheiro Uns mais ricos outros não Sem perdão a solidão Logo corroe os pensamentos esquecidos logo Estreme-se a voz, amargar, sentir Ser fraco e nunca persisti Na cadeia tru nem todo mundo é por ti mas E daí na rua também foi sempre assim Irmão matando irmão por dinheiro Eu já vi Eu também sobrevivi aos maus tratos das ruas E o que ela me deu Droga, arma, treta Puta e o passaporte garantido pro mundo da lua Esquecimento profundo Adrenalina pura Como é que eu posso pensar Se o sofrimento intercede Como é que eu posso enxergar Se as paredes impedem O sofrimento corroe Os pensamentos se vão Amargar a dor é triste Só sobraram as recordações Quanto vale o crime Quanto vale o que cê tem na mão (Cê tem na mão) Um caderno, um oitão É real ou é ilusão Cê que escolhe Quanto vale o crime Quanto vale o que cê tem na mão (Cê tem na mão) Um caderno, um oitão É real ou é ilusão Cê que escolhe Do que valeu meus sonhos O Rap, a minha família Se eu mesmo trilhei Me afundei sem perspectiva A mesma treta garantida nas fitas bandida Hoje aprisionado O que sobrou da minha vida Sem querer, sem poder Só sonhar, escrever O que eu sinto por dentro O sonho que cê nem vê Acreditar no pivete Que luto, que sonho Que acreditou no sistema E olha o que lhe sobrou (Cárcere, humilhação, super lotação) Isso pra mim não é o fator pior O foda é lembrar dos irmãos Que estão apodrecendo nas casas de detenção A mais de vinte anos só sonhando com o saidão Tráficos de sonho O sonho vivido acordado Eu tô pagando pelos erros Que fiz no passado E cabisbaixo eu sigo a minha estrada sem gloria Agora aprisionado esse é o preço da minha derrota Quanto vale o crime Quanto vale o que cê tem na mão (Cê tem na mão) Um caderno, um oitão É real ou é ilusão Cê que escolhe Quanto vale o crime Quanto vale o que cê tem na mão (Cê tem na mão) Um caderno, um oitão É real ou é ilusão Cê que escolhe Felicidade é quando chega o dia de visita Que eu posso ver o brilho Nos olhos da minha filha E logo após vem o aperto no meu coração As lágrimas candesce Filha me concede teu perdão O pai errou mais foi pro bem de você Só quis o melhor Do jeito mais fácil Aí foi onde eu errei Se eu pudesse retroceder e viajar no tempo Eu dedicaria minha vida ao trampo honesto decente Sem pistola, sem assalto, sem drogas secas no fáro Eu sei que a pobreza às vezes fala bem mais alto Mais não me renderia de novo ao dinheiro fácil Eu conquistaria tudo com o suor do meu trabalho Pena que a vida não tem volta E o mundo roda Em vários pontos do passado Ele me recorda As coisas boas que a vida Levou com o tempo A minha família, meus amigo, meus sentimentos Quanto vale o crime Quanto vale o que cê tem na mão (Cê tem na mão) Um caderno, um oitão É real ou é ilusão Cê que escolhe Quanto vale o crime Quanto vale o que cê tem na mão (Cê tem na mão) Um caderno, um oitão É real ou é ilusão Cê que escolhe