Já faz um tempo que eu não paro pra lembrar-me Já faz um tempo que nada mais me conforta Já faz um tempo que eu não vejo graça em nada Só vejo graça nas palavras, é Já faz um tempo que eu não paro pra lembrar-me Já faz um tempo que nada mais me conforta Já faz um tempo que eu não vejo graça em nada Só vejo graça nas palavras, é Já faz um tempo que eu mergulho na minha mente Pescando coisas que me deixam ansiosa E quase sempre eu não preciso delas Os meus fantasmas todos tem meu rosto No meu espelho eles me dão bom dia Já faz um tempo que meus anjos me guiam Desde 98 pra poder ser precisa Me convencendo de que eu não sou só isso Sou muito mais do que minhas cicatrizes Por essas ruas já me senti com frio (eu juro) Senti calor correndo da viatura Era madruga' e ventava muito Em pouco tempo mandaram pintar o muro Valeu a pena só a lição aprendida Me lembro sempre quando eu passo por lá Tudo memória do tempo que não volta mais Tipo os beck na porta da escola Hoje em dia em outros corre eu tô caçando a janta Enquanto isso eles pegando onda errada Caçando hype, os cara viram presa, é Por isso e outras coisas que eu pago de louca E quase sempre eu me arrependo de falar de amor Me lembro: Bruno, o que eles querem é ódio, é Cê teve isso tipo a vida toda Não faz sentido voltar pra trás agora E nem de graça que eu vou me importar com isso Cancelada eu já nasci se é que cês me entende Cancelada eu já nasci se é que cês me entende Já faz um tempo que eu não paro pra lembrar-me Já faz um tempo que nada mais me conforta Já faz um tempo que eu não vejo graça em nada Só vejo graça nas palavras, é Já faz um tempo que eu não paro pra lembrar-me Já faz um tempo que nada mais me conforta Já faz um tempo que eu não vejo graça em nada Só vejo graça nas palavras, é Na chuva igual formiga de baixo da folha Ou a folha que não quer largar as raízes Se joga ou fica, mas nunca segure o impulso Eu preferi viver imerso no rio Lembrando de senhas, esquecendo memórias Me livro de traumas após novas histórias Sabendo que tudo acontece quando é a hora E essa tranquilidade sufoca Bebo do puro elixir da vida Minha alma se despe a cada batida Apenas existindo pela minha arte Resisto a tudo que de mim não faz parte A humanidade só te joga para baixo Mas é no fundo do poço onde eu me acho Encontro o que eles chamam de ouro Ajudo a Samara por lá Depois aprecio o que eu colho