Não embaça Minha bossa Minha nossa senhora da fumaça Ninguém mais sai de casa Que bosta Vou diluindo o ódio no peito da minha gata No meio da calçada Amolo meu lápis na faca e anoto Do jeito mais malaco que posso Sou caridade mas sou dos negócios Assim pra mim já tá ótimo Por que meu café esfria? O tempo come o que vê na frente E quer nem saber Nossa cara é acontecer Como de rotina Tipo de favela As ideia é forte O Beat é do "mkanto" Dios mio Ave maria A periferia é o terror do plano A fita é que a cidade é linda Só que é mais ainda quando nois tamo Gritando o que acreditamos Sim! Eu vou seguir sonhando Para que o mal não me pegue Pra que os olhos não me vejam "Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge Para que os inimigos tenham olhos e não me vejam Tenham braços e não me toquem Tenham pés mas não me alcancem" Eu sinto que a cada momento, de peito aberto Aperto quem perto se encontra A cumplicidade nos solta, tamo junto Os que soma pra sair da bolha Sempre sabe quem não colabora Sem pergunta de múltipla escolha Bora bora, bora agora, mas vamo sem pressa Meu sorriso agoniza, aterroriza a cisma da má intenção Minha música é lingua que não se conversa Santo anjo do senhor, meu zeloso e guardador Refresca quem muito se espressa pelo coração Oração de malandro é um rap de reza Para que o mal não me pegue Pra que os olhos não me vejam Não mexe com Filho de Ogum Mexe não, mexe não, mexe não viu Pra que todo bem nos cerque Não tememos mal algum Quem foi que desceu lá do céu de dragão?? Mexe não, mexe não, mexe não viu