Casa lotada, telha quebrada
Que apara outra pipa
Pira que massa, noite festiva
Festival de estrelas no céus das antigas lendas do rock
Música é vida, prender em expectativas
Na criação de um Cyborg
Ó que lóki o cientista
O artista só tende a morrer quando mata outra linha
Minha pineal é meu satélite
Recebo vozes, sons, luzes, frases, preces
O olho cai, o santo desce, o sangue aquece
E acontece grooves, timbres, livros, packs, subs
Só existe o hoje, só no hoje surge
Faço morada em ervas, caixas, quicks, loops
Tudo isso me diz: viva, ame, sangre, fuma, sorria
Todo mundo morre, porra!
Eu vim dos ypês onde a paz e o sossego das árvores quebram
Deuses mármores edificando raízes
Pobres infelizes, pensam que por tamanha luxúria
Precisamos do auxílio de uma rádio
Rindo de tédio na cara dos fela
Motivo: deboche pela ironia
Não quero teus métodos meritocrátas
Revistas de plágio não fazem meu dia
Eu peço a benção sagrada
À benção Cazuza, Mato Grosso
Tim Maia, Gonzaga
À benção Jorge Ben
Licença Racionais
Como na capoeira, o rito da benção divina
À benção papai Caetano
E mamãe Cássia
Saravá Carolina de Jesus
Saravá Sérgio Vaz e Clarice
Saravá Mariguela, Saravá Pedro Bala (ê Saravá)
Ê Saravá!
E eu sou do jeito que não me criaram
Já que o mundo é quem cria
Um salve família, irmão, pai e mãe
Cês nem imagina nossa correria
Já ganhamos tudo, é um todo por dia
E essa maldição benze a caligrafia
Sem esperar quem diria
Sou mais um filho pródigo do ritmo e poesia
Peço à benção pra quem sempre ensinou
Pra mim e pros meus
Viver longe do raso, no meio do asfalto
E mais perto de Deus
O amor pela música, e acima de qualquer
Desculpa ou súplica
Gritar bem alto:
Eu sou Brazuca, filha da p*
Damos continuidade a nossa programação
Com os meninos da Rataria Popular Brasileira
O ano é 2019, a cidade é a Ceilândia
Brasília
As bases são do MK, Peres e Murica
Nas composições
Estúdio Ballaclava Gravadora
Um oferecimento
Puro Suco, música no liquidificador
É... eu continuo com a programação
Rataria Popular Brasileira
2000 e sempre, até mais!