Berimbau batia Cabaça gemia Moeda corria Eu queria pular Ah! Ah! Eu queria pular Ah! Ah! Escrevi meu nome num fio de arame E quem quer que me chame Vai ter que gritar Eh Camará, Eh Camará Eh Camará, Eh Camará Eh fuzuê Parede de barro Não vai me prender Eh fuzuê Parede de barro Não vai me prender Eh fuzuê Parede de barro Não vai me prender Eh fuzuê Parede de barro Não vai me prender Maria Macamba perdeu a caçamba No cateretê Sambou noite e dia Que até parecia que ia morrer Nasceu no quilombo Aprendeu levar tombo No canjerê Foi de cesta no lombo Com água e pitombo Trocar por dendê, fuzuê Eh fuzuê Parede de barro Não vai me prender Eh fuzuê Parede de barro Não vai me prender Eh fuzuê Parede de barro Não vai me prender Eh fuzuê Parede de barro Não vai me prender Tinha um pé de coqueiro Cobrindo o terreiro De onde eu nasci Eu vi que o coco era oco E valia tão pouco Para se subir Mas eu com um taco de toco Batia no coco Pro coco cair E pegava no coco Quebrava num soco Sem repetir, fuzuê Eh fuzuê Parede de barro Não vai me prender Eh fuzuê Parede de barro Não vai me prender Eh fuzuê Parede de barro Não vai me prender Eh fuzuê Parede de barro Não vai me prender