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Fernando Kep - Untitled lyrics

Artist: Fernando Kep

album: Untitled


Armando as táticas, verbo em prática
Só levada sádica, nem vem criticar, tá?
Swing no ring, um crítico na lata cairá a máscara
Estou firme de firma se firma nos vinga e o jogo vai virar, huh
Pra que se preocupar com papo de pela
Que dar pala, e só vem pra atrasar?
Pra que fazer questão de levar na mão
O que não aguenta e não dá para levar?
Só eu sei de onde vim e aonde quero chegar
Sem tramar pro fim bora trabalhar
Depende de mim e outras meia dúzia
Sagacidade de rua numa cidade covarde que bate mas não assusta
(Coletivo pés descalços, contra a corrente)
(Satisfação total)
(E aí, vai, vai)
Meritíssimo licença é permitir no mínimo
Extracurriculares "rap" vem formando meninos sem períodos ou fases
Mais Mc's prodígios, Mc's menos rígidos
Meia boca frases, referências, mimos
Talvez metáforas, meta voraz e se segue a moral
Primo primordial, vamo ver quem fez de real
E sem moral pelo real, contraditório normal
Contar vitórias não mais, voltar pra glorificar não é mal
É preciso pra ser preciso no palco
Não que o mic seja pesado - inocência minha - sua leveza liberta
Andar na linha é sua meta, de carro ou de pés descalços
Estrada pouco importa pra quem anda de carro e acerta
É certo, pateta, nem adianta vetar e nos cercar com setas miradoras
Migradoras de idéias afetam
Reúnem e resumem desafetos mais metas concretas
Firmes como concreto e não fútil como essas-
Vem, só que é de verdade sabe quem é do caô
Só quem teve a metade sabe o quanto lhe faltou
Viver de sobra sem segunda opção não é digno
Maligno é que cada qual com seu valor
Faz com que eu pense e pense mais
Até que minha cabeça esquente
Sem enfeite pra quem pensa mais do que age
Mas não vejo atitude em só pensar e não agir com coragem
Cão covarde que late não morde, não fode
Boombap King, Seu Lord
Acerta a conta talvez leve um sacode, também sei fazer rap
Apresento o seu e cuidado com o corte
Curte a viagem, senta na janela e cuidado pra não ficar na metade
Eu faço por mil, um conselho: pra valer a pena, um salve à humildade
Sem ficar na passagem, rap sem massagem, cola e curte a idéia
"O rap é compromisso, não é viagem"
Explorando o caos, fadado a sair da lama
Me encontro pouco com a paz ja faz algumas semanas
É muito mais que ritmo
Poesia e beat com feat legítimo
Selvagens, sejam bem-vindos ao conflito
Essa é a forma que estimula e forma uma família
Sete é enxame e pelo exame, alta dosagem etílica
Eu vim com fome, as ruas mudaram de nome
Mas a vontade de roubar o mundo não some
Nesses tempos de positividade não é novidade
Esse aperto de mao e essa falsa vibe
Essas falsas companheiras, que trazem más companhias
Essas companhias que eu perco noite e acordo tarde
Eu procurei em outras gavetas sonhos familiares
Mas se o objetivo é distinto como os meios são similares
Vejo esse peso nos seus olhares
Você ainda vai quebrar o pescoço assim com tantos colares
(Ah é? Então já é)
(Ah então tá)
(É pra eu entrar agora, né? Então tá)
(Já é, aí?)
O segredo da vida é nunca ter mostrado o rosto
Toda vez que cê pensar em alguma coisa, eu pensei o oposto
Cês não comem ninguém ou nenhuma bem, isso nem se discute
Cês querem cantar de galo em briga de abutre
Palmas pra você que fala o tempo todo de nada
Quem fala muito acaba com problemas na arcada chapa
Ô da intransigência, inteligência burra
Quanto mais você proíbe mas nego aqui burla
Egos inflados pensamentos murchos
Aqui vão querer tomar o seu lugar alegando ser só corte de custo
Puxo e ofusco, o cérebro também é um músculo, tolos
O homem destrói tudo, o homem destrói todos
Se o homem não chora então de onde vem o choro
Alguém avisa pra esses bosta que coca não é água de côco
Eu sigo aqui, valeu

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