Em tua casa há sempre flores E o ar fresco nunca frio demais Há nas vozes uma côr de quem pede para conhecer melhor Em tua casa a luz fala-me das coisas usando nelas uma a uma Como quem dá tempo e peso ao mais ínfimo pormenor Em tua casa os dias curam lentamente As mais fundas feridas de um coração Exposto à chuva e ao vento Um campo de batalha interior Em tua casa adormeci uma noite Para renascer o teu olhar, o teu cuidado E partir de novo por essa estrada onde tudo se renova Com o esplendor Com o esplendor Em tua casa há sempre flores e o ar fresco nunca frio demais