Firmeza, firmeza total
É desse jeito, vagabundo
Almir Guineto e Mano brown
Foram me chamar, tô aqui, quê que há?
Hã, vagabundo nato!
Um rolê de V-Max, um gole de Le Chandon
Mãos pobres querem ter o que é bom
Mãos nordestinas me ensinou
Que mãos para trás, neguinho, não senhor
As mãos de Tyson, ódio, nocaute
As mãos do mal também usam esmalte
Mãos que apontam, mãos que delatam
Toda mão tem, mãos trêmulas matam
Mãos na cabeça, o mão branca armou
Algemas prende a mão de um sonhador
Mãos negras, sinfonia funk
As mãos do rap não usam Mont Blanc
Palma da mão, palma, negro dança
Soube lavar alma
As mãos que se humilham aos céus
Serão as que erguerão troféu
Demorô já, vou campa
Porque o samba, em boas mão tá
Michelângelo vive bem perto
Em forma de samba, ele é Almir Guineto
E aí Brown, firmeza?
Firmeza total, espero ter representado, aí
Agora, a missão tá na suas mãos, demorou
Ah, então vou trazer minha clínica geral aê
A percussão nacional
♪
Mãos se rendem (mãos se rendem)
Pra outras que tudo levam (pra outras)
Quase em extinção (quase em extinção)
Mãos honestas (mãos honestas)
Amorosas (amorosas)
Em nossas pobres mãos (em nossas pobres mãos)
Bate as cordas
Pago pra ver (pago pra ver)
(Queimar) queimar em brasa
Mãos de bacharéis (mãos de bacharéis)
Que não condenam o mal
Que inocentam réus, em troca do vil metal
Mãos de bacharéis
Que não condenam o mal
Que inocentam réus, em troca do vil metal
Em mãos de infiéis
Quem veste, não contenta
Governa a diretriz tão fraudulenta
Sem réu e sem juiz, mãos não se acorrenta
Justiça, põe as mãos na consciência
Ato que fez Pilatos travando tuas mãos
Eu vejo que injustiça, com as próprias mãos
Mãos que fracassaram na torre de babel
Porque desafiaram mãos do céu
Mãos
O verdadeiro poeta é aquele que segura a caneta
E deixa Deus escrever
Como diz a escritura, é o seguinte
Deus usa os loucos pra confundir os sábios
Então, o poeta dos loucos, Almir Guineto
E Mano Brown também
Obrigado pelo espaço
Firmeza total, vagabundo!
Fui!
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