Às vezes andamos Em mundos diferentes Com o mesmo tecto e o mesmo chão Até esbarrar contigo e depois Prossigo só, mas dest' a dois Às vezes julgamos Em ir mais além Sem ir para lugar algum Também, p'ra quê sair p'rá confusão Se o mundo cabe no T1 Se vires bem Do teu vaivém aí do corredor Então verás Que se eu sou polo, és equador Eu sou já e tu já não E amanhã ao contrário É sempre assim E chega ao fim mais um calendário Hoje eu vim E que é de ti, qual o teu álibi P'ra teres estado cá E nem te vi Nem te vi Às vezes dançamos Um solo a dois À espera que o outro se ajeite Tentamos diluir-nos, devagar Mas somos como água e azeite E se às vezes tentamos, até Trocar um ou dois dedos de conversa Em prosa surda e muda E amanhã, o que muda É só um vice-versa Pois se vires bem Do teu vaivém aí do quarto Então verás Se sentes fome, eu já estou farto Quando estou tu não estás E o porquê tanto faz É sempre assim e chega ao fim Quem for capaz Hoje eu vim E que é de ti, qual o teu álibi P'ra teres estado cá E nem te vi Nem te vi Pois hoje eu vim E que é de ti, qual o teu álibi Já disseste e eu esqueci P'ra na hora "H" Teres estado cá E nem te vi