Desse lado restou O gosto que se sente Em um segundo passa Vendo a chuva cair, Mas em cada gota que me fez mar, Um novo dia pra remar, Temporal. E nesse acaso que sou De dentro pra sair, vou. No descompasso chegar, Num ritmo tardio. Sei que o menos é sempre mais, Que tudo que vem e que vai, Vendaval. O quanto em você vem de um outro lugar? Levo no peito a razão de encontrar Abro o caminho pro corpo fechar Tiro o espinho, sem medo de sangrar (Pa pa pa-para) O canto no vento, um sopro de vida (Pa pa pa-rara) Vozes derrubam O que escorre pra dizer Eu não vou me acomodar Vida lenta apressa me o relógio Vida passa bem em frente aos olhos Fico a admirar e peso os ombros Volto a segurar o mesmo copo Dias cinzas e problemas de outrora Horas que se vão e eu sem sono Imagens na janela sem som E eu penso em alto volume: O mal de ser parece que nos une Pra nao dizer que eu aceitei o impulso Eu virei o espelho pra parede Talvez seja o primeiro ou o último dia igual a esse Foi a constância que me fez imune Não me pergunte, vai com medo mesmo Eu pulo fases sem saber direito o que fazer E a sete chaves guardo o que trouxeram me de lá Num sopro o tempo passa, e eu volto e lembro O quão intensa é a força que faz Eu não me acomodar O quanto em você vem de um outro lugar? Levo no peito a razão de encontrar Abro o caminho pro corpo fechar Tiro o espinho, sem medo de sangrar (Pa pa pa-para) O canto no vento, um sopro de vida (Pa pa pa-rara) Vozes derrubam O que escorre pra dizer Eu não vou me acomodar De que lado você vem? De que lado você vem. O certo no errado Abrigo no estrago De que lado você vem?