Sorriso divino, sarcástico, alegre, cruel, inocente
Sou ginga de leve. Suave no ouvido, sou doce proposta indecente.
Brisa impetuosa, olhar de tempestade, sou vento no litoral.
Perigo! A arte do combate, jorra da essência, é um dom natural.
Sou o anoitecer e o perfume da rosa, fogo e gasolina, erva venenosa.
Mal intencionada,armada, ardilosa.
Não pia na mira que eu sou cabulosa.
Código X, poderosa.
Pareço frágil, a embalagem não mostra
O conteúdo mulher corajosa.
Não franze essa testa que eu não sou medrosa.
Inteligente, protótipo extinto, excelente.
Independente do tema, sei ser diferente.
Aprisiono com o brilho dos olhos, estraçalho com o poder da mente.
Sou arma letal armadilha atraente, dose fatal, raciocínio quente.
Brilho do sol, nuance da lua. A isca e o anzol, a pele nua.
Tempero agridoce, veludo e cetim.
Urbana, silvestre, fuzil e festin.
Dama da noite, suave alecrim.
Me guardo "pro cê" e só me entrego pra mim.
Não espero beijos tão doces assim
Não espero flores, planto meu jardim.
Se queres que eu pare, põe um freio em mim,
Eu chego atropelando e vou até o fim.
Na parede! Encosta na parede
Racistas, machistas, otários.
Na parede! Encosta na parede
Racistas, machistas, otários.
Sagaz, indomável, made in RAP. Voz incontrolável entre bumbo e clap.
Tenho meus espinhos,
Sei bem meus defeitos, não me emociono com frases de efeito.
Confecção de carapuça e essa aqui tem um remetente certo,
Cético aceite suas medidas, já que você se julga tão esperto.
Caminhando e cantando, vamo embora,
Por que meu momento é sempre agora.
Vou aniquilar MC de mentira, quem é de verdade faz a hora.
Poetisa urbana que solta os versos como se fosse um cão feroz.
Profetisa insana dispara as
Verdades de maneira louca, frenética, atroz.
Muito mulher, desafio lançado: vem cá calar a minha voz.
Intrepidez e coragem, caçadora nato, sou a fêmea mais veloz.
Sou voz nociva ameaça ao sistema, solução pro meu próprio problema
Liberdade pra minha algema, sou aquela chama veemente que queima.
Sou a mulher ousada e sem vergonha, a garota inocente que sonha
Do meu nariz achatado, sou dona. Muito prazer, mestre de cerimônias.
Não espero beijos tão doces assim,
Não espero flores, planto meu jardim.
Queres que eu pare? Põe um freio em mim
Eu chego atropelando e vou até o fim!
Na parede! Encosta na parede
Racistas, machistas, otários.
Na parede! Encosta na parede
Racistas, machistas, otários.
Quem duvidou, e me criticou
E seja quem for que desacreditou
Da mina que eu sou, se enganou
Quem duvidou, e me criticou
E seja quem for que desacreditou...
Filha das matas, selvagem.Mãe dos ventos, trouxe tempestade
Encontro de águas providas de todas iniquidades
Contestadoras de regras, sem mole pra esses comédia
E nos nossos domínios, vocês não entram, seus merda!
Me encontrei em depressão, ressurgi do fundo do mar
Conhecimento e mic na mão, a fúria pra estraçalhar.
Fortalecendo guerreiras, é um outro patamar
Todo cuidado é pouco, a Europa não vai nos matar.
Venho andando com rainhas, Nzinga, tipo Ginga
Liga que hoje é dia, de embrasar com as mais linda
Condição é operante, e não coadjuvante
Visão preta cabulosa, pérolas negras vem de longe
Elas me ligam de Iphone, e eu tô de moto e fone
Pringles eu não curto, quero batata no cone
Sou mulher e cê não come. Treta, aqui cê passa é fome
Tem que ter é dois piru, pra dizer que é mais homem
Reconhece é de longe, machista não me consome
E logo já mete o pé, se não vai passar vexame
Não me vê no enxame e por isso não pego zika
Quando a abelha é bem tratada faz um mel que é uma delícia
Império novo atuante na sua concepção,
Ampliando autenticamente sua cosmovisão
Arte, súdita, metalúrgica, favela vai reinar
Erguendo construções, vamos lutar
Berê tá nível Kaioken e aí cês vem,
Com a Tamara junta no topo
Pois nós tamo indo além
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