No beradeiro Cobra que pega cigarra Se entala com o canto dela E não solta, se vira dela Radiofone cantador Do mesmo modo que o bicho lá dentro pula Se revolta e se mistura Pra sair do mundo em tripa E seguir no canto seu Um gavião, que ouviu a cobra lá do alto Deu um salto sobre ela E pôs o bicho lá na goela Pra cantar belo também E é de quem? É de quem? É de quem? É de quem? É de quem? Esse canto engolido, mascado, comido Esse canto é de quem? No beradeiro Cobra que pega cigarra Se entala com o canto dela E não solta, se vira dela Radiofone cantador Do mesmo modo que o bicho lá dentro pula Se revolta e se mistura Pra sair do mundo em tripa E seguir no canto seu Um gavião, que ouviu a cobra lá do alto Deu um salto sobre ela E pôs o bicho lá na goela Pra cantar belo também Bem, bem, bem, bem Bem, bem, bem, bem E é de quem? É de quem? É de quem? É de quem? É de quem? Esse canto engolido, mascado, comido Esse canto é de quem? E é de quem? É de quem? É de quem? É de quem? É de quem? Esse canto engolido, mascado, comido Esse canto é de quem? E é de quem? É de quem? É de quem? É de quem? É de quem? Esse canto engolido, mascado, comido Esse canto é de quem? E todo dia é terapia Do comido e de quem te comeu E todo dia é terapia Do comido e de quem se fudeu