Pergunto ao vento que passa Notícias do meu país E o vento cala a desgraça O vento nada me diz. O vento nada me diz. La-ra-lai-lai-lai-la, la-ra-lai-lai-lai-la, La-ra-lai-lai-lai-la, la-ra-lai-lai-lai-la. Pergunto aos rios que levam Tanto sonho à flor das águas E os rios não me sossegam Levam sonhos deixam mágoas. Levam sonhos deixam mágoas Ai rios do meu país Minha pátria à flor das águas Para onde vais? ninguém diz. Mas há sempre uma candeia Dentro da própria desgraça Há sempre alguém que semeia Canções no vento que passa. Mesmo na noite mais triste Em tempo de servidão Há sempre alguém que resiste Há sempre alguém que diz não.