Pula de galho em galho macaco de imitação Era oito hoje é um milhão Metade macaco metade camaleão Nada pelo ar, a espera de um vilão Super-Conservador, conserve a sua dor Teu desprezo é frustração Metade macaco metade vegetação Superados por superstições Se todo mundo diz que é bom, pra mim tá bom também Mas há um abismo imenso entre o bom senso e o senso comum Gira a vida infinita Egos cegos a bailar Farsa valsa falso bem Esconde o que vem Réquiem! descanse em paz eterna Condenados a bailar Ó espetáculo perverso! Sangra a carne a putrefar E a ciranda sem fim prosseguirá Brindemos, comamos, nos fartemos à vontade A gargalhar babando bebamos no gargalo o culto à continuidade Pois no baile mascarado, celebração suprema da liberdade Vive-se enfim o prazer pleno isento do peso da responsabilidade E quanto mais cruel castiga o massacre mais alto toca a orquestra Brindemos, comamos, dancemos A vida é um baile, a vida é uma festa.