Quanto tempo tem a sua insônia? Que temas te mantém tão aceso assim? Qual perspectiva de repouso enfim? (Acho que eu não consigo mais falar sem tá assim) Na sua mente o problema ronda Há em meio a divergência solução? Se o Brasil não fosse uma colônia Se os homens fossem um pouco mais sãos Eu dormiria mais tranquilo Buscaria meu abrigo em cima do colchão Pensar me mata de antecipação Projetar contextos hipotéticos Se achar patético Franzir as sobrancelhas Contar ovelhas pra não desabar as telhas Que caem sobre minha cabeça Me impedindo de dormir ♪ (É, é poder ir até tudo?) (Tá bom já) Como eu cheguei bem nesse ponto? (ponto, ponto, ponto) De que é feito o nó que me prende a você? Já lhe vi perdida nos meus sonhos Em que armadilha lhe deixei prender? Eu me reviro impaciente Giro o corpo, ranjo os dentes Esquento o colchão Você se fere com as próprias mãos Muito mais que implicância ou tédio Qual o remédio que regasta madrugadas? Quantas perguntas se respondem em alvoradas? E quantas te atribularam sem te deixar responder? ♪ (Tô conspirando aqui) Presos juntos com nossos demônios Conspirando formas de se desprender