Eita, ela aperta e me ajeita Encaixa assim meio torto com a mão direita E cora a cara quando eu escancaro: agora sim, senta Lentamente, com os lábios me azeita Ela se curte, ela se deleita Me prende quando pede educadamente: vai, entra Entro E toda vez que eu me encontro dentro É como se eu me sentisse no centro do mundo com ela E cada segundo da gente é pra sempre, já era Já era, aquele meu coração vagabundo Se eu me dou metade, ela pede tudo E eu todo me enfio, fiel nessa seita Um templo se abre quando ela deita Eita, eita A gente se prova, se aproveita Eita, eita A gente se acerta, se aceita Eita A pele junta, unta, sente Cada salobra palavra, suor, saliva, lambida Língua melada E ela ali lambuzada, pede maliciosamente: entre Entro E toda vez que eu me encontro dentro É como se eu me sentisse no centro do mundo com ela E cada segundo da gente é pra sempre, já era Já era, aquele meu coração vagabundo Se eu fico no raso, ela pede fundo Me afundo, ajoelho numa fé perfeita Um templo se abre quando ela se deita Eita Eita A gente se prova, se aproveita Eita Eita A gente se acerta, se aceita Eita