A cidade passa sobre mim A cidade passa sobre nós A cidade passa sobre mim A cidade passa sobre nós A cidade fere, fere sim As luzes dos postes, os nossos sóis A cidade fere, fere sim As luzes dos postes, os nossos sóis O poeta é infeliz e ninguém sabe E nem sequer querem saber Pois o poeta sorri E todo mundo vê Pois o poeta sorri E todo mundo vê Bons homens têm fome Homens maus comem Bons homens têm fome Homens maus comem Bons homens têm fome Homens maus comem Bons homens têm fome Homens maus comem As esquinas, o horizonte infinito As ruas, o meu mar Os bares, navio que eu guio As pessoas, terras a desbravar O meu cigarro, a minha vela As conversas, meus mapas Entre risos e tapas Num happy hour de sarjeta Meio-fio, meu cais Me aporta e me aconchega Me sujeito às estrelas e a tudo mais Me sujeito às estrelas e a tudo mais Me sujeito às estrelas e a tudo mais Me sujeito às estrelas e a tudo mais, tudo mais, tudo mais, tudo Me sujeito às estrelas e a tudo mais, tudo mais Me sujeito às estrelas e a tudo mais Bons homens têm fome Homens maus comem Bons homens têm fome Homens maus comem Bons homens têm fome Homens maus comem Bons homens têm fome Homens maus comem