Quero que esse não seja um último abraço E que encontremos um ao outro no fim, sem novos recomeços Mas quando der certo quero que você esteja lá também Como o primeiro de janeiro que dá fim ao que já foi embora É pra sentir o amargo no movimento das ruas que só é doce com você Compartilhando à vontade um a um pelas mãos sujas Eu ainda tenho esperança em você Que toda volta seja a da vitória pra nós Oh, não mudamos junto com o mundo, no fim ficamos apenas um Longo tempo, poucas horas, eu espero Oh, nosso amor ainda importa, o que me falta é ver você sorrir Viver é amar enquanto tudo derruba Entre os fios presos e outros recortados Eu ainda me sinto a um passo do amanhã Quando nos encontrarmos caminhando lado a lado Vamos longe, mais do que da última vez Como foi que você fez, se estamos tão cansados? Somos nada, estamos acabados, somos pouco Temendo o passado, mas ainda assim capazes De florescer a primavera Oh, não mudamos junto com o mundo, no fim ficamos apenas um Longo tempo, poucas horas, eu espero Oh, nosso amor ainda importa, o que me falta é ver você sorrir Viver é amar enquanto tudo derruba Dividir o caminho é se despedir da sensação de se abrigar De se esconder do que te tira a calma É se entregar pra algo maior, porque já não estamos mais por um triz Feche seus olhos, eu luto pra você descansar, descansar, descansar Quero que esse não seja um último abraço E que encontremos um ao outro no fim, sem novos recomeços Mas quando der certo, quero que você esteja lá também Como o primeiro de janeiro que dá fim ao que já foi embora Que já foi embora O capitalismo falhou, falha e falhará Em cada uma das sociedades aonde ele colocar os seus tentáculos Que se baseiam na estropiação e na exploração do homem pelo homem