Essas correntes Se tornaram minha única companhia Nesse abismo sem nenhuma saída Somente essa face frígida Que me encara Nesse espelho E aponta cada defeito Cada decepção Até quando essa culpa vai te cegar? Até quando isso vai durar? Até quando essa culpa vai te cegar? Até quando isso vai durar? Trancafiado por palavras E falsas percepções Acorrentado em um passado Alimentado por suas próprias ficções Na busca eterna por um culpado Um mártir, um cúmplice, um condenado Crucificado pelas próprias mãos Seu prego no caixão É a culpa que não conseguiu suportar Cada memória Já não sei se essa culpa É uma forca que me aguarda Ou a única coisa Que ainda me separa dessa vala