Gritos que ecoam entre nós Presos na escuridão A névoa nos invade tão feroz Andamos sem direção À bruma se entregou Perdeu a sintonia No solo enraizou Há tempos não chovia E o coração ofusca a lucidez O arrepio vem tão fugaz A razão nega a estupidez Quando a neblina nos tira a paz O que a alma quer esconder? Ou entender? O que a vida quer de você? Fecho os olhos para conseguir ver É como ouvir sem som Confiável é saber dizer E não duvidar de um dom Ser leve enquanto cai E ter os pés no chão Amigo que se vai Sem localização E o meu mapa é a constelação Eu me encontro e me perco Então, a neblina que toca o chão Se dissolve em intuição Sem te olhar para entender O que me custa ver Você